Metaverso - Veja como isso pode mudar o mundo

O termo metaverso se tornou mundialmente conhecido após o comunicado do Facebook sobre a mudança do seu nome para Meta. A decisão marcou uma virada de chave nos negócios do CEO Mark Zuckerberg. Mas afinal, o que de fato é o metaverso? O conceito não é desconhecido pelo público que acompanha a evolução da tecnologia. 

Se você é uma pessoa que gosta de ficção científica, provavelmente já ouviu falar em metaverso. Caso não faça ideia do que se trata, separamos um conteúdo completo sobre o assunto que tem movimentado as grandes empresas. Pode parecer uma inovação distante, mas está mais próximo do que imagina. 

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Metaverso - Veja como isso pode mudar o mundo
Fonte: (Reprodução/Internet)

Veja o que vai ler neste post:

  • Como funciona o metaverso;
  • Quais são os benefícios da tecnologia;
  • Impactos no mercado de trabalho e na comunicação;
  • Principais desafios do metaverso.

Como surgiu o metaverso

O conceito de metaverso foi citado pela primeira vez em um livro de ficção científica chamado “Snow Crash”, do escritor norte-americano Neal Stephenson. Para ter noção de como o assunto não é tão atual, a obra é de 1980. O enredo mostra a opção de ter acesso a uma realidade secundária e viver nessa dimensão. 

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Na verdade, o metaverso é algo criado e não real, isto é, palpável. Todavia, tem recursos que fazem parecer que esse universo virtual é verdadeiro. Se parar para pensar, o metaverso não é uma realidade distante. Trata-se de uma tecnologia presente em jogos de videogames, dando uma ideia de imersão. 

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Porém, até então não tinha se tornado algo imprescindível. A proposta de empresários como Zuckerberg é tornar o metaverso tão importante quanto à vida real. Ou seja, a ideia é poder realizar as mesmas atividades nos dois mundos. A título de curiosidade, em 2003, o Second Life lançou a simulação da interação social entre seres humanos com o uso de avatares, guarde essa informação. 

Metaverso na prática

Talvez você esteja pensando que já temos plataformas tecnológicas que possibilitam a interação entre pessoas, de qualquer lugar que seja. Isso é verdade, mas ainda assim a sensação é de estar em dois ambientes. Como por exemplo em uma reunião pode haver videoconferência, ao terminá-la, as pessoas terminam a interação. 

Além disso, ficam condicionadas à chamada de vídeo ou aplicativo. No metaverso, a ideia é usar um óculos VR e estar conectado com todos do trabalho, no escritório da empresa. Vai ser possível cruzar com os colegas no corredor, conversar com eles, ir na sala do chefe, tudo isso na realidade virtual. 

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Será possível criar o ambiente que quiser, um que já exista materialmente, com experiências virtuais, mas que parecem reais. As tecnologias como realidade aumentada, realidade virtual, interface de programação e a própria internet poderão oferecer esse tipo de recurso ao público. Então, se antes não se podia viver sem tecnologia, com o metaverso será ainda mais difícil.

Quais seriam as vantangens

Agora já sabe como seria a dinâmica do metaverso, vamos entender o porquê é uma tecnologia que nem sabemos que precisamos. Apesar da internert ter aberto um leque de possibilidades, ainda é possível encontrar algumas delimitações. O principal benefício é ter experiências virtuais de forma mais natural entre as pessoas.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Tudo acontecerá através da criação de avatares. Então, essa representação fiel de você mesmo irá fazer coisas que a pessoa real já faz no ambiente material, só que em uma plataforma. No metaverso, a linha entre o digital e o físico é quase que ilimitada. A ideia é possibilitar que amigos assistam filmes juntos, ainda que fisicamente distantes.

O metaverso vai beneficiar atividades de lazer, de negócios, entre outras áreas. A expectativa é que as empresas invistam na tecnologia para obter recursos que tornem o meio corporativo mais simples. Já existem shows no metaverso, como foi o caso do cantor Justin Bieber. Através de avatares, os fãs puderam assistir a apresentação do cantor em realidade virtual.

Metaverso e o ambiente de trabalho

Se pudéssemos comparar qual área vai sofrer um grande impacto com o metaverso, em primeiro lugar estaria o mercado de trabalho. Grandes inovações são aguardadas, como por exemplo escritórios virtuais onde os avatares poderão fazer reuniões de negócios. Por outro lado, alguns especialistas questionam os benefícios da tecnologia.

Atualmente, plataformas como Zoom e Google Meet possibilitam o trabalho remoto, descaracterizando a formalidade das atividades corporativas. Para muitos colaboradores, é vantajoso trabalhar em casa, sem a pressão do ambiente de trabalho. Então, qual seria o benefício de um recurso que faz parecer que você está trabalhando no escritório da empresa?

Por outro lado, é inegável que uma inovação como o metaverso irá possibilitar recursos interessantes para o mundo corporativo. O mesmo impacto tende a ser sentido na educação. Crianças poderão optar estudar em casa, tendo uma experiência virtual que simula a escola. O aluno fará interação com os colegas durante a aula, intervalo, entre outras coisas.

O impacto na comunicação 

No decorrer do texto falamos indiretamente sobre a interação social por meio do metaverso. Mas como isso funcionaria em uma terra onde o WhatsApp é o principal aplicativo de comunicação? Apesar da plataforma permitir a conversa entre pessoas distantes, ainda não consegue fazer com que o diálogo pareça estar acontecendo frente a frente. 

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Alguns críticos temem a banalização das experiências reais. O metaverso vai poder simular a família toda junta em uma noite de Natal, por exemplo. No entanto, ainda assim as pessoas não vão poder experimentar comida ou sentir o toque dos entes queridos. Então, pode ser que o público passe a trocar uma coisa pela outra, afetando as relações interpessoais.

Ainda tem a política de privacidade, pois sem metaverso a internet já possui amplo acesso às informações pessoais. Agora, imagine com uma ferramenta que capta as preferências, movimentos e dados dos usuários. Também tem a questão do monopólio, já que o grupo Facebook, agora Meta, detém Facebook, Instagram e WhatsApp. 

Realidade virtual x Realidade aumentada 

Então, entende-se que o metaverso é uma dimensão baseada na realidade virtual. Mas você sabe a diferença entre esse conceito e realidade aumentada? Muito tem se falado sobre os dois que, apesar de andarem juntos, são diferentes. A realidade virtual ou VR é o termo relacionado a conteúdos digitais que são criados e reproduzidos a partir de um computador.

Os elementos computadorizados, como sons, por exemplo, se confundem facilmente com a vida real. Acontece muito em videogames, em que o jogador fica completamente envolvido em três dimensões. O famoso jogo Just Dance, do Xbox, capta até mesmo os movimentos dos jogadores fazendo com que sejam replicados no game. Isso é realidade virtual.

Já a realidade aumentada, tem a ver com o mundo real. Um exemplo perfeito é o game Pokémon GO, em que monstros aparecem quando o jogador aponta a câmera do celular para espaços em casa, nas ruas e outros lugares. É como se o bichinho estivesse logo ali diante dos seus olhos, mas na verdade é a realidade aumentada. 

Os maiores desafios do metaverso

Como pode ver, o metaverso vai enfrentar diversos desafios. Pode soar para o mercado que Mark Zuckerberg se tornou o dono da tecnologia, após mudar o nome da empresa. Todavia, o empresário é apenas um dos grandes nomes a investir na inovação. Ou seja, de um modo geral, todos estão no mesmo barco traçando estratégias para implementação.

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Por se tratar de um tema relativamente novo, ainda não existem programadores que dominem a tecnologia. O que já é um dificultador. Também, os recursos que temos hoje ainda são falhos em alguns pontos. Quem dirá uma tecnologia tão complexa como o metaverso? A expectativa é que linguagens de programação venham a ser desenvolvidas. 

Outro desafio é a desigualdade social. Veja que quem possui acesso às grandes tecnologias como óculos VR e outras ferramentas de realidade aumentada e de realidade virtual são pessoas com maior poder aquisitivo. Se de fato o metaverso virar algo necessário para o mundo, como esse público seria encaixado? A tecnologia seria barata ou gratuita?

É realista ou uma viagem na maionese? 

Se falássemos em metaverso há alguns anos atrás, poderia parecer a maior viagem na maionese. Ou pelo menos algo futurístico que só aconteceria daqui a 100 anos. Na verdade é algo que está mais próximo do que muita gente imaginava. Um termômetro interessante sobre ser uma inovação realista ou não foi o lançamento de um novo produto do Facebook. 

Mark Zuckerberg declarou que o Oculus Quest 2, um sistema de realidade virtual, estava sendo desenvolvido, se tornando o primeiro fone de ouvido VR. O recurso impactou positivamente a receita da empresa, o que dá indícios de que é um grande investimento. Outras Big Techs estão correndo para não ficar fora da onda. 

Um exemplo é a Apple que já está fabricando óculos com realidade mista. A importância que as marcas estão dando para a tecnologia dá indícios de que o metaverso fará parte da sociedade. O resultado será oportunidades de negócios, trabalhos e interações entre pessoas.

Como o metaverso seria implementado no Brasil 

O Brasil costuma ficar atrasado em termos de tecnologia. É comum que inovações já estejam acontecendo há algum tempo no exterior, para depois chegarem em território brasileiro. O metaverso é uma plataforma com custo alto, principalmente por conta das ferramentas de realidade virtual. 

A estimativa é que, com o passar dos anos, esteja disponível como um smartphone. As empresas precisarão se esforçar para tornar o metaverso acessível. A chegada do 5G no Brasil vai favorecer a implementação.