Chamado de número da perfeição, o 7 é um dos mais importantes da numerologia. Ele tem importância também nos aspectos místicos da vida humana. Assim, acredita-se que quem é influenciado por esse número tem sorte na questão da espiritualidade.
Em termos mais simples e matemáticos, a gente tem o número 7 como sendo natural, após o 6 e antes do 8. Ele é o quarto número primo que existe e um polígono de 7 lados é um heptágono. Mas, além disso, ele tem outros significados, como na religião, na arte, na vida. Entenda isso.
Como nasceram os números
Para contextualizar essa ideia dos números, saiba que eles nasceram quando se viu a necessidade de contar objetos e coisas. E estamos falando sobre mais de 30 mil anos possivelmente. Quando os homens das cavernas e grutas começaram a pensar nisso.
A contagem era importante para a pesca, por exemplo ou nas caças ou ainda para madeiras. Com a evolução do homem, que passou a deixar de ser nômade, a prática começou a se tornar mais importante no cultivo das plantas também.
Assim, as pedras foram as primeiras formas de contar – e cada pedra era 1 animal do rebanho, por exemplo. Era possível saber, colocando pedras em um saco, se algum animal havia sumido do rebanho. Mais tarde, surgiu a matemática e aí as coisas avançaram ainda mais.
Os sistemas de numeração
Depois, a gente entra em uma fase onde surgem os sistemas de numeração, que vieram com as grandes civilizações humanas. A Babilônia foi uma delas e a egípcia foi outra. A partir delas, tantas outras foram criadas.
O sistema babilônico é aquele que usa a base 60 e é formado por números entre 0 e 59. Ele é próximo do que estamos acostumados e, atualmente, é usado para a contagem do tempo.
Já o sistema egípcio é um dos primeiros a usar a base 10 e também usava figuras e desenhos. Depois, veio o sistema grego, a partir do alfabeto grego e cada número representava uma letra. O sistema hebraico é como o grego, que se baseia no alfabeto.
Outros sistemas de numeração
E se você acha que acabou, saiba que ainda tivemos o sistema romano, que é muito usado até hoje. Ele talvez seja o mais conhecido. Depois, veio o sistema chinês, que conta sobre países orientais. E ainda o sistema hindu-arábico.
Esse é o último sistema que se tem notícias e foi ele que deu origem ao que usamos hoje em dia. A primeira versão dele é do povo hindu, em 300 a.C e ele foi trazido pelos árabes. E agora, sem demorar mais, vamos falar do número 7 e suas curiosidades.
O número da criação
Um dos primeiros pontos a serem observados é que o número 7 é chamado de número da criação. O motivo? 4+3 = 7. Como assim? A gente explica.
Sendo o 3 um triângulo, símbolo do espírito. E o 4 é um quadrado, o símbolo da matéria. Juntos, quadrado e triângulo, formam a noção da criação humana, que é a união do corpo físico com o espiritual.
Há ainda quem diga que o 4 simboliza a Terra e o 3 simboliza o Céu. Logo, o 7, que é a soma de Terra + Céu daria um resultado que significa a totalidade do universo em movimento.
O número do ciclo da vida
Não se sabe exatamente quem criou essa relação entre o número 7 com os ciclos da vida. Mas, de um modo indireto e até mesmo inconsciente, ele pode fazer algum sentido. Veja só.
Aos 7 anos, a criança se desperta e aprende a jogar, fazer máscaras, etc. Aos 14, desabrocha a sexualidade e se interessa por outros. Aos 21 anos, é a necessidade do poder e da fama. Aos 28 anos, passa a pensar em segurança e conforto. Aos 35 anos, começa a ressignificar a vida e a morte.
Já aos 42 anos, ela fica mais religiosa e com respostas. Aos 49 anos, encontra respostas para além do mundo material. Aos 56 anos, começa a ter deslumbres do divino. Aos 63 anos, ela tem o chamado “satori”, que é a compreensão da iluminação da morte.
O número pessoal
Quem usa o número 7 como número da sorte pode ter uma vida influenciada por sossego e reflexões. São pessoas que valorizam o conhecimento, gostam do intelecto, aprendem sobre o mundo e sobre si mesmas.
Assim, podem até ser introspectivas. No entanto, se dedicam aos próprios pensamentos a ponto de criar tendências. Por outro lado, também podem ser tímidas, isoladas e arrogantes.
Levando para o lado profissional, como da carreira, elas podem desenvolver habilidades artísticas. Assim, acabam se dando bem na dança, na música e no desenho. São criativas e participam de voluntariados e projetos sociais.
O número religioso
Já quando se pensa na religião, considere que várias usam o número 7 como símbolo. Começaremos falando da Bíblia, que diz que Deus demorou 7 dias para construir o mundo. Há ainda os 7 pecados capitais, certo? E 7 são as virtudes cardinais (paciência, caridade, etc).
Na igreja católica existem 7 sacramentos (como batismo e matrimônio, além de outros). Ainda com base no que diz a Bíblia, saiba que antes de morrer, Jesus Cristo proferiu uma frase que continha exatamente 7 palavras, sendo: “Pai em tua mão entrego meu espírito”.
E agora vamos falar do judaísmo. Nele, o 7 é um símbolo sagrado, presente em vários objetos de culto, na menorah, sendo o candelabro de sete braços.
O número chinês
Na China, o número 7 tem a sua importância também e isso vem desde os tempos antigos. Ele marcava os anos de vida da mulher. A repetição de 7 dias também era usada no culto dos mortos, sendo até o 49º dia, quando aconteciam os festejos e sacrifícios.
Na versão mais mística, ao lado do número 3, o número 7 é o mais importante entre os números sagrados. Como falamos no âmbito religioso acima, os chineses também acreditam nessa Totalidade do Universo em Movimento.
O número artístico
Na arte, a gente tem, em 1911, Ricciotto Canudo criando o Manifesto das Sete Artes, que foi quando o cinema foi chamado de sétima arte pela primeira vez. Antes dele, temos a música, a pintura, a escultura, a arquitetura, a literatura e a dança.
Aliás, na arquitetura, a gente tem as 7 maravilhas do mundo (pirâmides de Gizé, jardins suspensos da Babilônia, Farol de Alexandria, Colosso de Rodes, Mausoléu de Halicarnasso, Estátua de Zeus em Olímpia e Templo de Ártemis em Éfeso).
Assim, como as 7 maravilhas modernas (Machu Picchu, Taj Mahal, Chicén Itzá, Cristo Redentor, Grande Muralha da China, Ruínas da Petra e Coliseu de Roma).
Na cultura em geral
Se a gente pensar na cultura em geral, podemos começar pela astrologia, com 7 astros sagrados e mais 7 constelações que possuem 7 estrelas. Depois, ainda podemos falar sobre as 7 maravilhas do mundo, as 7 notas musicais, os 7 dias da semana, as 7 cores do arco-íris.
E não para por aí, amigos. O período menstrual é dividido em 4 ciclos de 7 dias. Já as sepulturas possuem 7 palmos. No réveillon, a gente tem que pular as 7 ondas. Na Grécia Antiga, haviam 7 sábios e 7 divindades da natureza.
Já Joana D’arc, antes de morrer na fogueira, citou o nome de Jesus por 7 vezes.
O número como referência
Devido a todas essas referências que citamos aqui, saiba que no mundo moderno muitas histórias começaram a ser criadas a partir do número 7, como uma espécie de sorte ou de dogma mesmo. Vamos citar alguns exemplos da arte.
Por exemplo, são 7 os livros do Harry Potter, são 7 o número dos Power Rangers, assim como são 7 as esferas do dragão em Dragon Ball. Até uma série que foi criada para o público infantil foi pensada nisso, sendo Os Sete Monstrinhos.
Curiosidade – e o traço no número 7
Agora, uma curiosidade que você pode ter se perguntado em algum momento da vida: será que devemos usar aquele traço no meio do número 7? Sim. Isso porque há a teoria de que os formatos dos números sejam relacionados a quantidade de ângulos que eles possuem.
Se isso for verdade, o traço no 7 se torna essencial. Por outro lado, hoje em dia também se recomenda o uso dele para que alunos e pessoas diferenciem a compatibilidade com o número 1, evitando confusões.
Os números do azar
Por outro lado, se a gente tem o número 7 como de sorte em vários aspectos, saiba que ao redor do mundo existem outros números que podem trazer azar. Na China, o número 4 isolado é próximo da palavra morte (na pronúncia). Então, há um preconceito sobre ele.
Na Itália, o número 17 é ruim e tanto é que quase sempre os italianos escrevem em romano, XVII. Isso porque em um anagrama, a expressão é algo como “vivi”. No Japão, a pronúncia do 9 soa como tortura, por isso, ele é mal. Na Índia, o número do azar é o 26.