Com o novo coronavírus, as vivências e experiências humanas ficaram precárias. O toque e a troca de energia humana é essencial para manter a sanidade mental da população. Porém, depois de uns meses com pandemia a realidade mudou.
Mesmo com a situação difícil que o mundo está passando, parte da população acredita que a pandemia do Covid-19 pode deixar um legado positivo. Já é certo que alguns setores sofreram mudanças com o novo coronavírus uns positivos e outros negativos.
Com o isolamento social, passeios tradicionais e turismo pararam de acontecer. Com isso, o meio ambiente a se começou renovar, começando por pequenas mudanças. Lugares como os canais de água de Veneza, já não estão tão poluídos quanto antes e a tecnologia também avança.

Águas cristalinas e animais em Veneza
Pela primeira vez, sem o grande fluxo de barcos e turistas, as águas dos canais de Veneza ficaram cristalinas pela primeira vez depois de anos. Mesmo em meio ao caos, moradores ao redor comemoraram a chegada de ‘peixinhos’ nas águas do canal.
A partir do momento que as águas de Veneza ficaram cristalinas, moradores da região se depararam com a surpresa, uma família de cisnes nadando por lá. A natureza tem tomado seu devido lugar depois que os humanos adotaram o isolamento social.
Além dos cisnes de Veneza, outros animais como o golfinho começaram a circular na costa italiana, sem correrem o risco de serem atropelados por navios ou lanchas que circulam pela região. Imagens de golfinhos no porto de sardenha chamou a atenção da internet.
Inovação na tecnologia
A tecnologia é algo que está em constante mudança a todo momento e com a pandemia, os profissionais de TI tiveram que pensar fora da caixinha. Com a nova realidade, a tecnologia teve que se habituar a diferentes cenários.
Por exemplo, a Uber teve que investir em reconhecimento facial para a proteção de seus usuários. Antes do motorista começar a fazer suas viagens com a Uber, o mesmo deve fazer um avaliação de reconhecimento facial. Assim, a Uber consegue ver se o piloto está cumprindo com as novas normas de higienização.
Opinião de especialistas
O BBC entrevistou três pensadores com grandes valores críticos, para compartilharem suas opiniões sobre o que a pandemia resultará futuramente.
Yuval Noah Harari
Yuval é historiador e filósofo israelense e autor de ‘Sapiens: Uma Breve História da Humanidade’, que vendeu mais de 27 milhões de cópias. O historiador ressalta que até agora, governos e empresas, estavam dando mais atenção na superfície do corpo, ou seja, a pele. Agora, os profissionais da saúde estão saindo desta visão “rasa” e indo para o que acontece dentro do corpo humano.
“Essas observações podem dizer a eles se estamos doentes ou não, mas também pode dizer a eles como nos sentimos. Porque os sentimentos, como as doenças, são fenômenos biológicos” , explicou o historiador.
Rebeca Grynspan
Rebeca Grynspan é economista e ex-vice-presidente da Costa Rica e diz que os países de “renda média” sofrerão um impacto mais forte. De acordo com Rebeca, o impacto do vírus se diversifica de acordo com a renda de cada país, então o processo de recuperação pode ser mais rápido para uns e demorado para outros.
“Alguns dizem que o coronavírus não discrimina, que afeta a todos nós igualmente. Mas isso é apenas parcialmente verdade. Esses países representam um terço do produto bruto do planeta, 75% da população mundial e 62% dos pobres”, ressalta Rebeca Grynspan, ex-vice-presidente da Costa Rica.
Jared Diamond
Jared Diamond é antropólogo e historiador americano, e conhecido por seu livro Guns, Germs and Steel (Armas, Germes e Aço) que ganhou o Prêmio Pulitzer. O historiador prevê o surgimento de uma cultura de cooperação internacional em resposta da crise global.
“Espero e prevejo que o mundo aprenderá com uma campanha bem-sucedida contra a covid-19 e que continuaremos com campanhas bem-sucedidas contra questões globais maiores, porém mais sutis, como as mudanças climáticas”, disse o antropólogo Jared Diamond à BBC.