Sempre que surge o nome de Adolf Hitler, a gente sente uma friagem na espinha, não é? O assunto dá um calafrio só de ser dito. Talvez por isso, há muitas curiosidades sobre o ditador que pouca gente conheça. A história de Geli Raubal é uma delas, que você vai conhecer agora.
Angela Geli Raubal nasceu em 1908 e morreu em 1931. Ela tem uma morte muito misteriosa. Foi a segunda filha de Angela Raubal com Leo Raubal, sendo uma “meia” sobrinha de Adolf Hitler. Nasceu no império Austro-húngaro e morreu em Munique, Alemanha. Conheça tudo.
Ela foi mesmo a namorada de Hitler?
Vamos começar com os rumores, que talvez seja o mais chocante de toda a história, apesar de que há uma grande crença por lado dos estudiosos sobre esse assunto. O que se acredita hoje é que eles tiveram sim relações amorosas, sendo que Geli foi a grande paixão do Fuhrer.
Após longos anos da morte do ditador, vários trechos de conversas foram divulgados e um deles é de Heinrich Hoffmann, que foi o fotógrafo pessoal de Hitler. Veja o que comento Heinrich, que reproduziu a fala do ditador da seguinte forma:
“Estou tão preocupado com o futuro de Geli que devo cuidar dela. Eu amo a Geli e poderia me casar com ela. Quero evitar que caia nas mãos da pessoa errada”. A sobrinha era 19 anos mais jovem e quando Hitler descobriu que tinha vínculo com o motorista, Emil Maurice, o demitiu.
E como a Geli se comportava nessa história?
Também com base em estudos, leve em conta que eles se conheceram pela primeira vez em Linz, na região da Áustria-Hungria, quando Hitler foi visitar a meia-irmã, Angela, mãe da menina. Ela era, na verdade, uma bebê.
E com a morte do esposo, Angela foi morar em Viena, próximo a Hitler. Após o fracasso de 1923, o ditador ficou preso em Landsberg e foi nessa época que se dedicou a escrever muito, já que não podia falar com o público.
Nessa época, ele convidou a irmã para cuidar dos “negócios” da família. E Angela foi com toda a família para a Alemanha. Nessa época, Geli tinha 17 anos e uma personalidade graciosa, como está nos livros de história.
A paixão de Hitler por Geli
Os historiadores contam que Geli também se apaixonou por Hitler – ou pelo menos, pelo poder que ele exercia por onde passava. Assim, todo tempo livre dele era para estar ao lado da sobrinha, como as idas ao teatro, à ópera, às compras.
Por isso é que todo círculo próximo da família sabia do romance deles. Hitler, no entanto, sempre desmentia a história. Porém, em determinado momento, Geli começou a se sentir oprimida, já que era controlada em todos os aspectos da vida.
Ela passou a não ter mais amizades ou independência. E esse assédio do tio foi tanto que ela demonstrou o interesse em sair da Alemanha, de volta para a Áustria, para estudar música. Aí entra as partes mais sombrias e misteriosas de toda a história.
Aparentemente, essa paixão era correspondida
Vale dizer que antes de se sentir “prisioneira” do ditador, Geli o amou. Ao menos, é o que conta Anni Winter, que foi a governanta de Hitler. “Geli amava Hitler. Ela estava sempre atrás dele. Ela queria se tornar uma Frau Hitler. Porém, flertava com todo mundo”.
Talvez o grande ápice da história, que pode ser visto em traços de vários estudiosos é o fato de que Hitler começou a ter um amor doentio pela menina enquanto ela ficava cada vez mais indiferente. Veja isso nos trechos que seguem.
O que se sabe sobre a relação deles
Em novos relatos que foram introduzidos na história, como de Baldur Von Schirach, a relação de ambos era bastante íntima a ponto de que Hitler a levava em reuniões de “negócios. Ele chegou a dizer, certa vez, o seguinte:
“A garota ao lado de Hitler era de tamanho médio, bem desenvolvida, com cabelos escuros, bastante ondulados e olhos castanhos vivos. Era surpreendente uma jovem ao lado de Hitler quando ele apareceu em um grande encontro de pessoas”.
Com isso, acredita-se que eles tenham vivido juntos por mais de dois anos. Outra pessoa que falou sobre a relação foi Ian Kershaw, que disse que “pela primeira vez em sua vida, se deixarmos a mãe de lado, ele [Hitler] se tornou emocionalmente dependente de uma mulher”.
Um tio masoquista e a morte inexplicável
Também com base em estudos históricos, o tio fazia sessões sadomasoquistas com a menina, inclusive, chegando a urinar na cabeça dela. O resultado era um só: uma paixão doentia de Hitler pela Geli – até o ponto em que a morte aconteceu sem ninguém se dar conta.
Isso aconteceu em 17 de setembro de 1931, em Munique, quando Geli, supostamente, se suicidou. Curiosamente, o lugar em que isso aconteceu hoje é uma delegacia para evitar que seja um lugar de peregrinação de grupos neonazistas.
O que conta a história, mas pouco se concorda, é que o fato teria acontecido logo após Hitler viajar de Munique para Hamburgo. A sobrinha irritada por não poder ir à Viena comete o ato com um disparo no coração com a pistola do próprio Hitler.
A carta de Geli
Antes da morte, Geli deixa uma carta escrita no maestro de canto. Fora a carta, novos rumores surgiram, como contando que ela estaria grávida e esse não era o seu desejo. Mais tarde ainda, esses rumores foram desmentidos.
Aí surge outra hipótese, de que Hitler se relacionava com Eva Braun, uma jovem de 19 anos, há dois anos. E na descoberta, por ciúme, a Geli teria se matado. Isso também foi desmentido mais tarde, já que Hitler realmente era apaixonado pela sobrinha.
Isso porque o Hitler chegou a fazer uma estátua de Geli e todos os anos, no aniversário da morte dela, ele se fechava durante horas no quarto da falecida, onde ficava olhando as roupas, as fotos e todas as lembranças.
A imprensa da época
Vale mencionar aqui que na noite anterior, quando Hitler partiu para Hamburgo para a sua campanha eleitoral, ele brigou com a jovem. E a mãe de Geli, mais tarde, chegou a comentar que o motivo seria o fato dela estar encantada por um violinista de Linz.
No mesmo instante da morte, antes de convocarem a polícia, os líderes do Partido Nazista se reuniram. Entre eles, Franz Schwarz, Gregor Strassser, Baldur von Schirach, Max Amann e Rudolf Hess. Eles decidiriam o que seria feito naquele caso.
O Munchener Neueste Nachrichten disse que “uma estudante de 23 anos disparou uma pistola apontada para o coração” e o Munchener Post divulgou que “após uma cena violenta, Hitler deixou seu apartamento e o nariz da morta estava quebrado”.
Após a morte de Geli
Agora, após a morte da filha, o que será que Angela fez? Conforme relatos, ela simplesmente cogitou a chance de “assassinato” ou “suicídio por forte compulsão”. Mas, nunca acusou o Hitler de forma direta. Ao contrário, o defendeu por várias vezes.
Ela continuou trabalhando para o meio-irmão por um curto período de tempo e se mudou para Dresden em 1936, casando-se pela segunda vez. O relacionamento gerou um novo filho e tudo isso não agradou o ditador, que desdenhou da meia-irmã a partir disso.
Outro fato curioso é que o segundo marido de Angela também se matou, mas em 1945, logo após a derrota alemã, deixando Angela viúva de novo. E com a morte de Hitler, ela passou a receber uma pensão mensal do Fuhrer, mas ninguém sabe disso com certeza.
A mudança de caráter de Hitler
Para terminar o texto, vamos deixar aqui outro trecho bastante importante que foi divulgado mais tarde e que, para muitos, foi determinante para a mudança de caráter de Hitler naquele momento.
“Estou certo de que a morte de Geli marcou uma virada no desenvolvimento do caráter de Hitler. A relação o proporcionou pela primeira vez em sua vida a liberação de sua energia nervosa que muito em breve seria resultado de crueldade e selvageria”, o trecho está disponível no The Missing Years, de 1957 e é de Ernst Hanfstaengel.
E continua: “com a morte dela, o caminho estava libre para o seu desenvolvimento final de um demônio, com a sua vida sexual se deteriorando novamente em uma espécie de vaidade bissexual parecida com um narciso, com Eva Braun pouco mais do que um adjunto doméstico”.
A família de Adolf Hitler
Para quem ficou confuso com a ideia de meia-irmã ou meia-sobrinha, vamos aos fatos mais práticos. Adolf Hitler era o chanceler da Alemanha. Ele era casado com Eva Braun. O pai era o Alois e a mãe, a Klara. Ele tinha dois meio-irmãos, Angela e Alois Jr.
Outros quatro irmãos morreram ainda novos, Gustav, Ida, Otto e Edmund. Ele ainda tinha uma irmã mais nova, Paula. Além de Geli, outros sobrinhos eram: Heinz e Leo Raubal Jr., além de William Patrick Hitler, que nasceu em Liverpool, na Inglaterra.